Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.Ninguém vem ao Pai senão por mim.João 14:6
Rádio Rios de Água Viva

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domingo, 2 de janeiro de 2011

As promessas de Deus

Nesse estudo vamos tratar sobre as promessas de Deus, as promessas que o Senhor faz para o seu povo, para a humanidade, para cada um de nós. Ao longo da Bíblia encontramos inúmeras promessas, porém vamos examinar as que estão descritas em Deuteronômio 28, divididas em duas partes: a primeira são promessas decorrentes da obediência, que vão do versículo 1 ao 14 e a segunda, decorrentes da desobediência, do 15 ao 68.
Deus nos mostra com essas promessas que Ele está disposto tanto a abençoar aqueles que O servem e O adoram, quanto a amaldiçoar aqueles que não O temem, aqueles que desobedecem a Sua palavra e que viram as costas para Cristo, aqueles que vivem para o mundo praticando as coisas do mundo.
As promessas de Deus para quem O obedece devem ser lidas com atenção porque cada uma delas vem precedida da expressão “se”“se tiveres cuidado em guardar meus mandamentos”, “se praticares aquilo que eu vos digo”, “se andares em meus caminhos”, ou seja, SE nos portarmos da maneira que Deus designa, Ele nos abençoará. O Senhor não é homem para que minta nem filho do homem para que se arrependa (Nm 23:19), mas para o cumprimento de cada uma das promessa há uma condição. Qual? Que o homem se curve diante dEle (não por obrigação), Ele não obriga ninguém a nada, Ele próprio criou e nos deu o livre arbítrio. O que o Pai deseja é que o homem O adore, bendiga Seu nome todos os dias com liberdade de coração, mas o que vemos é o total afastamento do ser humano desse propósito.
Deus, por ser amoroso e misericordioso, determinou desde o antigo testamento que quanto mais íntimos fôssemos dEle mais maravilhas iríamos presenciar, mais bênçãos iríamos receber. O capítulo base desse estudo nos mostra várias bênçãos. Já começa dizendo que se nós guardarmos todos os mandamentos divinos, seremos exaltados sobre a face da terra (v.1). Isso não quer dizer que seremos pessoas influentes, famosos ou celebridades, mas que seremos diferentes, com uma vida capaz de levar outros a conhecer a verdade salvífica das Escrituras. Maior exaltação do que essa não existe, pois maior é a exaltação divina que a humana (Jr 9:23). Ou você consegue imaginar uma glória maior do que ser separado pelo dono do mundo para ir por essa terra pregando a Sua palavra?
Deus continua dizendo no v.2 que todas as bênçãos virão sobre nós e nos alcançarão. Quando? Quando atentamente ouvirmos e obedecermos a Sua voz. É necessário que cada um de nós consigamos ficar atentos quanto a isso, que dia a dia batalhemos para não cair. Como Paulo diz, estamos numa corrida em que cada competidor tem o objetivo de ultrapassar a linha de chegada, mas não só apenas ultrapassar, mas chegar em primeiro lugar, tomando cuidado para não sofrer nenhum problema ao longo da corrida que o desclassifique (I Co 9:24-27). Também precisamos tomar cuidado com isso, caso contrário certas bênçãos não nos alcançarão, como curas provisões, livramentos, súplicas atendidas e muito mais.
O Senhor é tão bom que essas bênçãos não ficam só sobre nossas vidas, Ele as estende sobre os que estão ao nosso redor. Essa luz que há em nós, essa presença de Cristo que nos protege, nos sacia e nos faz cantar, ultrapassa o limite do nosso corpo e alcança nossos familiares, amigos, cônjuges - “Bendito o fruto do seu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais e a criação das tuas vacas, e o rebanho das tuas ovelhas. Bendito o teu cesto e a tua amassadeira. Bendito serás ao entrares e bendito serás ao saíres” (v. 4-6). Ou seja, Deus leva essas maravilhavas àqueles que nos cercam e àquilo que fazemos, Ele não quer que só, e somente nós prosperemos, mas que os outros vejam nossa prosperidade, tomem isso como algo maravilhoso, sejam alcançados e entrem nesse mundo divino.
O Altíssimo também explana que nossas mãos, pés, nossa vida como um todo prosperará. O que está escrito em Dt 11:24 também é para nós, onde colocarmos nossos pés, o que nossas mãos tocarem, o lugar em que estivermos será santo, tudo será santo, tudo será abençoado por Deus. Ele quer o nosso melhor, quer nos ver com uma vida próspera, abundante. Quem serve a Cristo prova a cada dia desse manjar celestial. Então que consigamos viver nessa trajetória de bênçãos, de maravilhas. È lógico que continuaremos a pecar e que Deus vai acabar se entristecendo conosco em algum momento, mas cabe a nós o reconhecimento e abandono do erro. Jesus é um Deus que perdoa, que ama, mas também se ira. Devemos parar e pensar em nossas ações, a fim de mais agradar do que desagradar. O Senhor vai nos perdoar, lançar nossos pecados no mar do esquecimento, no entanto, se nos desviarmos, se nos afastarmos da Sua presença, as promessas decorrentes da desobediência virão (a partir do v.15). E com certeza não vai ser nada bom.
Um pouco antes, no v. 13 (ainda na parte da bem-aventurança da obediência), Deus nos promete que ficaremos por cabeça e não por cauda, que ficaremos por cima e não por baixo. A mudança da categoria das promessas (de obediência para desobediência) é uma demonstração clara de que a frase dos falsos mestres “uma vez salvo, salvo para sempre” é algo totalmente maligno, uma vez que o próprio Deus nos mostra a necessidade diária de servi-lo, caso contrário, com a mesma pessoa que estava sendo abençoada pode acontecer o inverso, e até perder a salvação se não voltar ao primeiro amor.
Quando deixamos de obedecer e bendizer o nome do Senhor saímos de debaixo da sua guarda e proteção e quem não está com Deus fica sujeito às ações de satanás. Não que Deus goste disso, mas foi a escolha da própria pessoa e como dito no começo do estudo, temos o livre arbítrio. Vigiar, olhar e orar como nos diz o Evangelho de Marcos (13:33) é fundamental para permanecermos de pé (I Co 10:12), nos mantendo firmes, sermos fiéis até a morte (Ap 2:10). É isso que Deus espera de nós. Ele não quer nunca cumprir as promessas pela desobediência e sim as da obediência. Para tal precisamos ter uma vida iluminada, cheia do Espírito Santo, para que aqueles que nos cercam venham ser tocados pela luz de Cristo existente em nós. Que o unigênito do Pai seja o autor e consumador da nossa fé, hoje e sempre.
Deus não é homem para que minta nem filho do homem para que se arrependa do que prometeu: seja obedecendo ou desobedecendo Ele cumprirá Seus votos. Cabe a nós vigiar e escolher qual dos dois caminhos seguir. Porque Deus é amor mas é justiça também