Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.Ninguém vem ao Pai senão por mim.João 14:6
Rádio Rios de Água Viva

Rádio Rios de Água Viva

terça-feira, 24 de junho de 2008

Aquele que está de pé cuide para que não caia

1Co 10:12 Aquele, pois, que pensa estar em pé, cuida para que não caia.Um dos grandes desafios do cristão é ter a certeza de estar no caminho que Deus tem para ele. Mesmo quando tudo parece estar bem, devemos buscar a Deus e permanecer com o coração aberto para receber instruções claras a respeito de nós mesmos e da Sua vontade. Temos vencido verdadeiras batalhas espirituais contra o diabo, mas não podemos perder nenhum espaço para ele. Ele é astuto e devemos ser prudentes.
Uma das armas mais poderosas que temos é a fé, como o apóstolo Paulo nos ensina:
Rm 1:17 Pois nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: O justo viverá da fé.
O que significa de fé em fé?Significa permanecermos na fé. Tivemos fé para aceitar Jesus, e temos de permanecer na fé para prosseguir rumo ao alvo que nos foi colocado. Foi dito que “fomos salvos”, “estamos sendo salvos” e “seremos salvos” (ouvi isso numa pregação do Pr. Russel Shedd), quando nos convertemos (ou fomos convertidos pelo Espírito Santo) fomos lavados pelo Sangue de Jesus Cristo que nos purifica de todo pecado, mas parou por aí?
Não! Jesus lavou os pés dos discípulos mesmo depois de tê-los batizado. Não foi à toa o questionamento de Pedro, achando que Jesus não deveria lavar seus pés. Jesus teve oportunidade de ensinar mais uma vez:
João 13: 10-11 Disse Jesus: Aquele que já se banhou não necessita de lavar senão os pés; no mais está todo limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.
11 Pois ele sabia quem o havia de trair. Foi por isso que disse: Nem todos estais limpos.
Há nesta passagem vários ensinamentos, mas no nosso contexto vamos nos ater ao fato de que Jesus associou a limpeza dos pés à limpeza espiritual.
Além do batismo pelo qual os discípulos foram limpos de seus pecados, Jesus ainda os limpou nos pés. Os pés entram em contato com a terra e se sujam naturalmente, pois é necessário caminhar, mas por isso mesmo exigem cuidado especial.
Jesus não nos tira do mundo, mas nos livra do mal.
Estamos livres dos nossos pecados pelo Sangue de Jesus, mas Deus quer se derramar mais.
Deus é Santo, e exige que o imitemos sendo também santos.
Nosso espírito foi transformado, mas precisamos continuar o processo.
Não podemos limitar a santidade que Deus quer para nós.
Vamos analisar a experiência de Isaías:Isaías 6:6-7
6 Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; 7 com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.
Antes de Isaías receber instruções claras de Deus a respeito do seu ministério, ele recebeu perdão de pecados. O que me chama a atenção neste texto é a palavra iniqüidade. Não foi somente o pecado que foi tirado, mas a iniqüidade.
Qual seria a diferença?
Vamos ver o que Deus nos ensina em Isaías:
Isaías 59:2-3
2 Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. 3 Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos, de iniqüidade; os vossos lábios falam mentiras, e a vossa língua profere maldade.
A iniqüidade nos separa de Deus. Podemos compreender melhor se analisarmos três coisas: O pecado, a transgressão e a iniqüidade.
O pecado – é o fato consumado de errarmos o alvo. Ao desobedecermos, por exemplo, quando fazemos o que não era para ser feito. É um fato, não há como ser desfeito.
A transgressão – ocorre antes do pecado. Sempre escolhemos errar. Antes da atitude vem a vontade. Quando somos tentados temos tempo para escolher, e se escolhemos errar, transgredimos.
A iniqüidade – é uma semente de pecado. Nossa natureza pecaminosa é capaz de produzir mal. Semelhantemente a uma erva daninha. Cortamos a erva, mas em seguida ela volta a nascer. Se ela não for arrancada pela raiz, ou até mesmo usar algum veneno, ela volta a aparecer, como uma verdadeira praga.
Ao entendermos melhor estes significados, percebemos o que ocorre na seqüência inversa. Muitas vezes pensamos o mal, e se não cortamos o mal pela raiz, ele nasce em nosso coração (iniqüidade), em seguida desejamos fazer aquilo e transgredimos. Depois é só consumar, indo às vias de fato.
Jesus nos dá armas para interrompermos o processo em todas estas fases, mas o que precisamos mesmo é eliminar a iniqüidade quando ela é iniciada.
Isaías 53:4-7
4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
Sempre lembramos do sangue de Jesus, mas cada ato dele nos traz benefícios. Jesus derramou seu sangue pelos nossos pecados, pois somente o sangue pode apagar pecados. Pecados são atos consumados e somente o Sangue Maravilhoso de Jesus é que pode o que já foi realizado.
Como se não bastasse, Jesus foi traspassado por grandes cravos por nossas transgressões. Se todas as vezes que iniciarmos uma escolha de proposta de pecado, lembrássemos dos cravos que Jesus enfrentou por nós, com certeza não pecaríamos, e sim pregaríamos as nossas transgressões no madeiro.
E, quando nascer um desejo pecaminoso em nosso coração como fruto de iniqüidade, lembremos que Jesus foi moído, surrado, humilhando e até sua barba foi arrancada para que as sementes de iniqüidade não tenham como crescer em nossos corações.
A obra de Jesus na Cruz foi completa e suficiente para nós, enchamos-nos de fé e usemos da vitória no calvário para que Deus seja glorificado, pois o preço pago por nós foi Altíssimo.

Nota: Deus é Santo, e exige que o imitemos sendo também santos.

Por Pavio Muniz
http://www.ceuaberto.parabolica.com/