Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.Ninguém vem ao Pai senão por mim.João 14:6
Rádio Rios de Água Viva

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quarta-feira, 13 de junho de 2018

Homem de dores (Parte 2)


Na primeira parte deste texto, expliquei que a razão do enorme sofrimento que Jesus teve que passar para nos dar a salvação pode-se resumir em duas palavras: pecado e justiça. Mencionei também que essas duas palavras estão cada vez mais sendo ignoradas pelos líderes nestes últimos dias. As celebridades recebem aprovação e gargalhadas dos seus fiéis admiradores através das suas piadas, gracejos, e mensagens de paz, paz, quando não há paz (Jr 6:14). Pecado e justiça são temas irrelevantes para aqueles que se opõe ao caminho da cruz. Oferecem em seu lugar uma estrada larga e uma porta espaçosa.

Ao ver a cidade naquele estado, movido pela triste realidade em que o ser humano se encontrava e se encontra até hoje: Jesus chorou.

Mas o nosso querido Salvador não foi um homem de gargalhadas, mas de dores (Is 53:3). Já se aproximava o fim do seu ministério aqui na terra, quando Jesus, descendo do Monte das Oliveiras observou os moradores de Jerusalém perdidos nos seus afazeres. Jesus viu não apenas a situação em que se encontravam; não apenas as suas lutas e preocupações do dia a dia, mas foi mais além; Jesus viu o desespero em que a grande maioria deles se encontrará quando chegar o dia em que todos nós estaremos diante do grande trono branco, cara a cara com o Deus da justiça (Ap 20:11-12); quando os livros serão abertos e os amantes deste mundo e seus líderes receberão a pena por terem rejeitado o caminho de Cristo. Ao ver a cidade naquele estado, movido pela triste realidade em que o ser humano se encontrava e se encontra até hoje: Jesus chorou (Lc 19:41).

A minha e a sua salvação está diretamente ligada a estes dois pontos: pecado e justiça. É bem simples. A perfeita justiça de Deus exige que o pecado seja pago com a morte do pecador (Ro 6:23; Ez 18:20). Aceito o caminho de Jesus e ele paga com a Sua morte no meu lugar me dando a vida eterna, ou rejeito o caminho de Jesus e eu mesmo pago com a minha morte eterna (Jo 3:36). Conforme explicado no texto anterior, vida eterna é a contínua presença de Deus enquanto morte eterna é o Seu completo abandono. Não existe maior sofrimento no universo do que estar completamente isolado do Pai. No Calvário, Jesus passou por essa experiência: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? ” (Mt 27:46; Gl 3:13-15).

Homem de Dores, Jesus sofreu para nos dar o caminho (Jo 14:6). O caminho de Jesus é o caminho da cruz. O caminho onde negamos a nós mesmos tudo aquilo que o mundo oferece (Mt 16:24). Não é possível seguir a Jesus a menos que estejamos dispostos a sacrificar o nosso eu, se esvaziando do mundo e se alimentando somente da carne e do sangue de Cristo; tornando-se assim um com Ele (Jo 6:56).

Meu irmão, não me entenda mal, não existe ninguém mais feliz nesta terra do que a pessoa que aceita o caminho de Cristo. Mas a felicidade que experimentamos nesse caminho tem como fonte não os prazeres do mundo atual, mas sim a presença do Pai em Jesus (Jo 14:23). Somente em Jesus saciamos a nossa sede, satisfazemos a nossa fome, e nos sentimos completos (Jo 6:35).

 Espero te ver no céu.
Por Markus DaSilva, Th.D.

Homem de dores (Parte1)


Desde pequeno ele sabia o que lhe esperava. Ainda novo, crescia no conhecimento das escrituras e via claramente que todas as profecias falavam dele (Lc 2:46-51). Cada verso que lia sobre si mesmo apontava para uma vida repleta de falsas acusações, rejeições e traições. Aqueles que deveriam estar felizes com a sua vinda seriam os seus maiores inimigos (Jo 1:11). Ninguém via isso, ninguém entendia. Estava só no princípio e seguiu só até o fim (Mt 26:40). Jesus cresceu, e exatamente como esperava, foi rejeitado dos homens; foi um homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, foi desprezado, e não fizemos dele caso algum (Is 53:3).

“Lembre-se, alguém pagará com a morte eterna pelos nossos pecados. Ou Jesus, ou nós mesmos, mas a dívida com Deus será quitada.”

Assim como vocês, já vi várias pinturas da crucificação, mas nenhuma delas retrata corretamente o verdadeiro rosto do nosso amado Jesus após o tratamento dado pelos torturadores, “pois o seu aspecto estava tão desfigurado que não era o de um homem” (Is 52:14).

Queridos, por que isso? Por que Jesus teve que passar por tanta humilhação e sofrimento? Milhares de livros foram escritos sobre esse tema, mas a resposta se resume em duas palavras: pecado e justiça. Essas são duas palavras que muitos entre o povo de Deus não estão dando a seriedade que deveriam dar.

Pecado é toda a oposição a Deus. Tudo aquilo contrário ao amor, à luz, à verdade e à vida; tudo isso é pecado. Justiça, por sua vez, é a eliminação do pecado. Note que pecado não se conserta, não se restaura, não se melhora, mas se elimina com a morte eterna do pecador (Ro 6:23; At 3:19). Se a vida eterna é estar continuamente na presença do Pai, a morte eterna é a Sua completa ausência, o Seu completo abandono. Jesus eliminou os nossos pecados com o preço correto – a morte: “Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?” (Mt 27:46; Gl 3:13-15).

Amados, nenhum ser humano pode compreender a grandeza do que Jesus fez por nós. Nem é necessário que compreendamos para sermos beneficiados. Mas uma coisa temos que fazer; temos que ouvi-lo com muita atenção e obedecê-lo fielmente, se queremos fazer parte do pequeno grupo cujos pecados foram pagos por Ele (Jo 14:21; Mt 7:14). Lembrem-se, alguém pagará com a morte eterna pelos nossos pecados. Ou Jesus, ou nós mesmos, mas a dívida com Deus será quitada. Ouça a Jesus, abandone esse mundo por completo, viva somente para Ele enquanto ainda é possível.

 Espero te ver no céu.

NOTA: Não devemos confundir o pecador com o pecado.  O ponto principal deste texto é exaltar o sacrifício de Jesus pelo pecador. O pecador arrependido é perdoado e restaurado porque o seu pecado foi eliminado permanentemente (Heb 8:12). Mas esse pecado não foi simplesmente apagado dos livros; ele foi pago com um preço altíssimo: a morte do único filho de Deus (Rom 4:25).

Por Markus DaSilva, Th.D.